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ISSB e a Nova Era da Auditoria Estratégica no Brasil: como CFOs podem transformar exigências regulatórias em vantagem competitiva

Auditoria Estratégica


Introdução

O mercado brasileiro vive um divisor de águas. A partir de 2026, companhias abertas estarão obrigadas a publicar relatórios de Auditoria Estratégica e ISSB (International Sustainability Standards Board), conforme a Resolução CVM 193. Esse movimento marca a entrada definitiva dos dados ESG (ambientais, sociais e de governança) no mesmo patamar dos dados financeiros, exigindo governança, controles e evidências auditáveis.

Mas o impacto vai além das companhias abertas. Bancos, fundos de investimento, cadeias de suprimento e parceiros estratégicos já estão exigindo consistência, repetibilidade e confiabilidade nos relatórios de empresas de todos os portes. Ou seja, mesmo startups e médias empresas sentirão a pressão para adequar seus processos.

Neste artigo, a FLB Auditores mostra como transformar essa exigência regulatória em ferramenta de crescimento estratégico: reduzindo riscos, destravando crédito, acelerando diligências e construindo reputação sólida no mercado.


1. Por que o ISSB importa agora

É comum ouvir gestores dizendo: “2026 ainda está longe, vamos pensar nisso no ano que vem”. Esse pensamento é perigoso. O ISSB exige ano comparativo: para reportar 2026, é preciso ter dados auditáveis já em 2025. Quem não começar agora, chega atrasado.

Além disso, a CVM lançou em 2025 o Plano de Ação em Finanças Sustentáveis, explicitando que haverá supervisão, fiscalização e capacitação obrigatória. A régua subiu. Não se trata mais de “tendência ESG”, mas de calendário regulatório com lupa sobre as empresas.

E os conselhos de administração já perceberam isso. Cada vez mais, conselheiros cobram evidências concretas, metodologias claras e coerência entre narrativa e capacidade operacional.


2. O que mudou para CFOs e controllers

Antes: relatórios de sustentabilidade eram, em muitos casos, peças de marketing. Havia espaço para métricas incompletas, metodologias flexíveis e dados de difícil verificação.Agora: o mercado exige a mesma robustez do balanço contábil: dados rastreáveis, metodologias definidas, evidências arquivadas e trilhas de auditoria claras.

Isso significa que CFOs e controllers precisam reorganizar suas rotinas para incluir:

  • Materialidade objetiva: priorizar 6–12 tópicos que realmente impactam caixa, risco e stakeholders.

  • Dicionário de dados ESG: cada métrica precisa de definição, fonte, owner, periodicidade, método e limites.

  • POCs (pontos de controle): etapas críticas com evidência obrigatória, logs e periodicidade definida.

  • Due diligence de terceiros: fornecedores que coletam ou processam dados precisam de contratos com cláusulas de auditoria e continuidade.

  • Ensaios de asseguração: simulações de auditoria independente para validar dados antes da publicação oficial.

3. O papel da Auditoria Interna

A Auditoria Interna se torna o elo entre risco, operação, dados e reporte. Ela deixa de ser vista apenas como “função de conformidade” e passa a atuar como geradora de insights e confiança.

As prioridades de auditoria interna para 2025, segundo o IIA (Institute of Internal Auditors), incluem:

  • Cibersegurança e integridade de dados;

  • Governança de informações de sustentabilidade;

  • Gestão de terceiros e continuidade operacional.

Sem dados íntegros e rastreáveis, não existe relato confiável. Por isso, o mapa de riscos de auditoria precisa incluir TI, governança de dados e processos ESG.

4. Os riscos de não se preparar

Ignorar a preparação para o ISSB traz riscos sérios:

  • Custo de capital mais alto: bancos precificam risco na taxa de juros; falta de evidência aumenta esse custo.

  • Reputação prejudicada: relatos inconsistentes ou não auditáveis viram munição contra a empresa.

  • Perda de mercado: cadeias de suprimento globais já excluem fornecedores que não atendem critérios ESG auditáveis.

  • Risco regulatório: a CVM sinalizou fiscalização e pode aplicar penalidades em caso de não conformidade.

5. Como se preparar em 120 dias: playbook prático

Dias 0–30: inventário e materialidade

  • Levantamento de todas as métricas atuais.

  • Definição de tópicos materiais com base em impacto financeiro e reputacional.

  • Nomeação de owners para cada métrica.

Dias 31–60: governança de dados

  • Criação do dicionário de dados ESG.

  • Implantação de pontos de controle (POCs) com logs e evidências.

  • Revisão de contratos com terceiros para incluir cláusulas de auditoria.

Dias 61–90: testes e simulação

  • Rodada de ensaio de asseguração com amostragem de dados.

  • Identificação de falhas de desenho e aderência.

  • Correção imediata de processos críticos.

Dias 91–120: governança e conselho

  • Instituição de ritos mensais de acompanhamento.

  • Relatório executivo ao conselho com principais riscos, exceções e planos de correção.

  • Preparação de narrativa coerente entre finanças e sustentabilidade.


6. Os cinco erros mais comuns (e como evitá-los)

  1. Tratar ISSB como marketing → Solução: materialidade clara, métricas auditáveis.

  2. Usar planilhas isoladas → Solução: catálogo de dados com versionamento e logs.

  3. Ignorar fornecedores críticos → Solução: due diligence com cláusulas de auditoria.

  4. Não ter canal de denúncia robusto → Solução: hotline independente, confidencial e com SLA.

  5. Desconectar finanças e sustentabilidade → Solução: conciliação metodológica e governança integrada.


7. O que a FLB Auditores entrega

A FLB Auditores atua em três fases para preparar empresas e CFOs para o ISSB:

  1. Diagnóstico de Controles e Dados (4 semanas): levantamento de gaps e plano 30/60/90.

  2. Implementação assistida (6–8 semanas): criação de dicionário, POCs, logs e contratos de terceiros.

  3. Ensaios de asseguração (4 semanas): simulações, correções e preparação para auditoria independente.

Resultado prático: relato sem surpresas, diligências mais curtas e custo de capital reduzido.


8. FAQs, perguntas frequentes (para snippet do Google)

Quando o ISSB passa a ser obrigatório no Brasil?Para companhias abertas, nos exercícios iniciados em 1.º de janeiro de 2026, conforme a Resolução CVM 193.

O que preciso organizar primeiro?Materialidade, dicionário de dados, pontos de controle com evidências, contratos de terceiros e simulação de asseguração.

Auditoria interna é obrigatória para ISSB?Não é exigida formalmente, mas é a prática recomendada pelo IIA para garantir integridade e confiança nos relatos. Observação final (coerência regulatória)
  • Obrigatoriedade 2026 (companhias abertas) — Resolução CVM 193. Serviços e Informações do Brasil
  • Plano de Ação 2025–2026 (CVM) — prioridades de supervisão, tecnologia e capacitação. Serviços e Informações do Brasil

  • Papel do CBPS — pronunciamentos e orientações técnicas no Brasil. FACPCS

  • Riscos prioritários (IIA) — cibersegurança/dados no topo; conecta diretamente à prontidão ISSB. Instituto dos Auditores Internos

  • Fraude (~5% da receita, média global) — reforça canal de denúncias e controles; risco transversal ao tema de governança. ACFE


Conclusão

2026 não é o futuro distante, é o próximo fechamento. O ISSB traz exigências técnicas, mas também abre oportunidades estratégicas: reduzir risco percebido, conquistar crédito com taxas melhores e ganhar espaço em cadeias globais.

Se você é CFO, controller, founder ou conselheiro, o momento de agir é agora. A FLB Auditores está pronta para ajudar a organizar dados, implementar controles e preparar a asseguração que dará confiança às suas decisões.


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